"O Senhor é meu pastor e nada me faltará." (Salmos 23.1)

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

TODOS OS CAMINHOS LEVAM A DEUS?! (PARTE 1)

Todos os caminhos levam a Deus.” O importante é se apegar/acreditar em alguma coisa. Deus é um só.” Eu já tenho a minha religião. Ah! Eu creio em Deus, mas não preciso ir a nenhuma igreja.” “Igreja é tudo igual, só querem dinheiro” “Religião, política, futebol e com mulher (hihihi) não se discute.


Nota geral: qualquer semelhança com C.S. Lewis não é mera coincidência. De resto, a maioria pode ser.


Estas são conclusões bem familiares quando o assunto é espiritualidade e todas elas parecem serem muito verdadeiras, mas na realidade são apenas ilusões de ótica. Some-se a isso aquela idéia de que, afinal de contas, com tantas ofertas de religiões pelo mundo afora, com tantas culturas, com tantos deuses, seria um pouco de prepotência dizer que, dentre todos estes deuses, só há um que é o verdadeiro.


Prepare-se, pois estes conceitos estão prestes a serem desconstruídos, você vai passar a ver Deus de uma nova perspectiva e talvez fique surpreso em saber que tudo que você já ouviu e aprendeu, sobre Deus, não merece nenhum crédito. Tenha certeza de que esta não é uma daquelas “mensagenzinhas bonitas” que você costuma receber por e-mail. É bem provável que você não goste de algumas coisas que eu vou falar, mas esteja certo de que não é nada pessoal, é só o Evangelho, de Cristo, sendo pregado. Você vai entender o verdadeiro significado daquilo que Jesus falou sobre ser o sal da terra e a luz do mundo. Na época de Jesus, o sal era usado cicatrizante. No começo, quando colocado sobre a ferida, vai arder bastante, mas vai ajudar a curá-la. Quanto à luz, quando alguém está na escuridão e de repente a luz é acesa, a claridade vai incomodar até que a pessoa se acostume ao ambiente iluminado.


Hmmm...começou a falar de Jesus já vem a sua mente aquela ideia de crente fanático?! Saiba que no fanatismo não há espaço para reflexão. Convido você a continuar lendo, e verá que não há nada de fanatismo em tudo que vou dizer.


Já aviso de antemão que a minha intenção aqui não é massagear o seu ego, porque isso o mundo lá fora faz – e melhor do que ninguém. Em alguns momentos você vai me detestar, negar tudo que estou falando, me chamar de mentiroso, prepotente, arrogante, pretensioso e tudo mais. Algumas vezes você terá até vontade de me socar (hehehe..). Isso é natural quando somos confrontados e damos de cara com uma inegável realidade. E quem gosta de ser confrontado?!

Só quero esclarecer que não estou falando de molecagem e meninice de fazer críticas vazias e irresponsáveis só pra dizer que tenho senso crítico e dar uma de “intelectuolóide” (intelectual+debilóide).

Não pretendo também esgotar todo o assunto, e nem dar todas as respostas sobre Deus, mas talvez eu possa ajudá-lo a fazer as perguntas certas.


Antes de prosseguir quero pedir aos meus leitores apenas uma coisa: deixe de lado todos os seus preconceitos, todas as possíveis más experiências que você tenha tido com alguma igreja ou com aqueles que se dizem evangélicos. Esqueça por um momento a palavra fanatismo, os escândalos, ou tudo aquilo de negativo que você já viu e ouviu sobre igrejas, e preste atenção a tudo o que eu vou dizer, pois se trata de um assunto muito sério e tem a ver o local onde você passará a eternidade.


Eu poderia estar nem aí, afinal de contas para que eu iria “perder” o meu tempo, sentado na frente do meu computador, escrevendo uma mensagem que muitos nem levarão a sério.

Quero dizer que faço isso porque amo verdadeiramente a cada um de vocês, mesmo aqueles a quem eu não conheço – e eu não estou falando daquele “amor melequento” de namoradinhos; estou falando de um poder transformador de vidas. O Evangelho de Jesus tem esse poder que nenhuma religião tem, o poder de transformar verdadeiramente a vida de uma pessoa, levá-la ao arrependimento (quem, hoje em dia, fala em arrependimento?), conduzi-la ao caminho certo de volta para casa e, por amor, ensinar as outras pessoas que ainda não conhecem o Caminho. Por isso, por mais que eu queira, eu não consigo ficar indiferente. Nem todos, ao final deste texto, conseguirão de fato entender isso.


E por causa desse amor os cristãos são confundidos com uns chatos de galochas que querem convencer as pessoas de que “a religião delas está errada” e a “dele está certa”. Mas não é nada disso. O que ocorre é que encontramos um tesouro tão precioso que não conseguimos guardar isso só para nós. E é por isso queremos compartilhar desse amor com as pessoas, porque é algo totalmente diferente do que as religiões ensinam, é algo que só quem experimentou pode sentir.

Por mais que eu escreva, tenha certeza que não serão os meus argumentos que irão te convencer, pois o trabalho de convencimento não é meu, e sim do Espírito Santo de Deus. Talvez você nem entenda esse negócio de convencimento e de Espírito Santo, o que perfeitamente normal se você é o tipo de pessoa (como eu já fui) que conhece a Deus só ouvir falar. Sendo assim, o máximo que eu posso fazer é jogar a semente, e se ela encontrar solo fértil então crescerá e dará bons frutos.


Sabe queridos, vida espiritual é coisa séria. Vida espiritual não é ficar brincando de religião ou acreditar/apegar-se a “alguma coisa” ou aquilo que te faz bem, aquilo que não te incomoda, que não muda a sua vida, aquilo que fala o que você quer ouvir ou aquilo que se encaixa direitinho no seu modo de viver. Vida espiritual não ser uma pessoas “zen” ou virar uma pessoa “boazinha”. Vida espiritual não é ir à missa uma vez por ano, ou mesmo ao culto uma vez por semana, ou fazer promessa para qualquer desses “santos” (e olha que não são poucos...) pra obter alguma “benção” e achar que o seu “dever” para com Deus está cumprido. O relacionamento de Deus com o ser humano nunca foi na base da barganha. “Santos”, procissões, pagamento de promessa, rezar um número X de “aves Maria”, ou tantos “Pai Nosso”, para obter uma bênção ou perdão pelos pecados, são, depois do ateísmo, algumas das doutrinas mais perversas que já foram ensinadas até hoje. Você não encontrará em nenhum lugar na Bíblia sobre rezas milagrosas ou canonização de pessoas e tampouco que elas podem interceder por nós após sua morte.

Deus quer que nos aproximemos dEle pelo que Ele é e não pelo que Ele pode nos oferecer. Jesus ensinou a vermos Deus como pai. Como eu havia dito no post anterior, a verdade é que muitos não querem um pai no céu, porque não querem ser corrigidos, pois um bom pai corrige os filhos a quem ele ama.

Aposto que todos conhecem a oração do Pai Nosso. Alguém aí já parou para meditar no que ela realmente diz? Você sabe o significado das palavras repetidas tantas e tantas vezes apenas por mera religiosidade?

“...seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu;”

Se você olhar para o mundo hoje, você acha que a vontade de Deus está sendo feita como a oração diz? A vontade de Deus está sendo feita na sua vida?

Vejam bem queridos, não entendam isso como um julgamento ou acusação. Pense como se você estivesse tendo uma conversa sincera com seu melhor amigo – e só um amigo que ama verdadeiramente é capaz de confrontá-lo e fazê-lo acordar para a realidade. A Bíblia ensina que: Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos.” (Provérbios 27.6)

O que eu quero que você entenda é o seguinte: servir a uma religião e cumprir rituais é extremamente fácil – agora, servir a Deus e ter um relacionamento com Ele de pai para filho é algo totalmente diferente. Se você procurar (e nem precisa ir muito longe) vai achar uma religião que se encaixa exatamente com a sua maneira de viver e de pensar.

O ser humano é, por natureza, rebelde e quer ser livre e independente, sem ninguém para lhe dizer o que deve e o que não deve fazer. Não são poucas as correntes filosóficas que dizem que o ser humano deve se libertar de qualquer tipo de fé, não se deixar ser “encabrestado” e que ele deve tomar o controle das coisas. Isso faz com que ele se ache auto-suficiente, deposite sua esperança na conta bancaria, nos bens materiais, nas pessoas, numa ideologia, num sistema político ou até mesmo numa religião. Daí é fácil chegar à conclusão do porquê que a crença de que “todos os caminhos levam a Deus” ou “o importante é acreditar/apegar-se em alguma coisa”, é algo que soa muito bem aos ouvidos da maioria das pessoas que dizem crer, ou não, em algum “ser superior”. É uma espiritualidade fajuta e ao mesmo tempo prazerosa, onde a pessoas precisam apenas sentir a presença do seu “deus” quando bem quiserem. No fundo elas estão criando uma espécie de deus domesticado, que ativam e desativam de acordo com seus interesses. Ou seja, é bem mais cômodo crer num ser amorfo, desprovido de inteligência e que não se importa com que eu faço ou deixo de fazer, do que ter um relacionamento com Deus, que quer fazer parte da minha vida – diga-se de passagem, em todos os momentos e não só quando as coisas estão indo mal.


É por isso que o Evangelho de Cristo não é atraente Só quero frisar que Evangelho de Cristo não é religião. A primeira coisa que ele vai fazer é tirar seu ego de cena e com simplicidade e precisão Jesus vai te dizer: até aqui você estava perdido, o seu destino seria a cruz onde eu fui pregado, mas eu amo você e quero fazer a diferença de verdade na sua vida, quero moldar o seu caráter, quero ensiná-lo o que é amar as pessoas de fato e não só de palavras; quero ensiná-lo a servir a Deus de verdade e não servir uma religião; quero mostrá-lo que o prazer momentâneo que o mundo oferece é apenas ilusão e não vale pena. Jesus também dirá: quero também ensiná-lo o caminho de volta para casa, mas você precisa saber que há duas portas e dois caminhos: uma é a porta larga da perdição e espaçoso é caminho que conduz a ela, e muitos são os que entram por esta porta; a outra é a porta estreita que conduz à vida, e por ser apertado o caminho e estreita a porta, há poucos que há encontrem. Isso tudo está claramente escrito na Bíblia.


Se você é daqueles que só me daria crédito se aparecesse um anjo, ou o próprio Deus em pessoa, para falar todas estas coisas, me desculpe meu amigo, mas isso nunca vai acontecer e por dois motivos: (motivo 1) porque Deus é Santo e nós estamos separados dEle pelo nosso pecado e..(opa!! pecado?! Parou tudo! Quem aqui é pecador?! Pecador é o ladrão, a prostituta, o mentiroso, o desonesto, o político safado, etc. Se tem algum pecador neste mundo são estes tipos de pessoas). Calma...calma...eu ainda vou chegar lá.

Mas como eu ia dizendo, Deus é Santo e se Ele viesse até você ou até mim neste momento, nós não poderíamos suportar o tamanho e o peso da sua Glória e Santidade. As pessoas perderam essa noção e respeito por Deus e acham que Ele é um velhinho camarada de barba branca; (motivo 2) O que Deus se deu a conhecer está na perfeição de Sua Criação e na Sua Palavra, ou seja, na natureza e na Bíblia e na pessoa de Jesus. Todos tem acesso e por isso todos são indesculpáveis e não poderão dizer “ah! Mas eu não sabia”.

O problema é que queremos tudo provado por A+B, pela lógica, e só aí então nós creremos. Um pequeno exemplo de como Deus não usa a nossa lógica, foi a vinda de Jesus para este mundo. Todos na época esperavam o Messias: um rei poderoso e libertador que os tirassem das mãos do Império Romano. No entanto, Jesus nasceu de uma família e de uma forma humilde, numa estalagem, e foi coroado como rei, sim, mas com uma coroa de espinhos. Está chegando aí o natal...quem aí sabe do verdadeiro sentido?


Mas quem é esse Jesus afinal? Tudo o que maioria das pessoas sabem – ou pelo menos deveriam saber – é que Jesus é o Filho de Deus, nasceu dia “25 de dezembro”, “tinha cabelos compridos”, teve doze apóstolos, fez milagres, foi pregado numa cruz, e etc, etc, etc. se. Mas, além disso, o que as pessoas sabem mais sobre Jesus?

Eu posso dar algumas dicas do que Jesus não foi e não é.


Jesus não foi um grande mestre, um sábio, um idealista, um legalista e também não foi utópico; Ele não veio pregar um conjunto de idéias para que tenhamos um mundo melhor, pois de bons conselhos o mundo já está abarrotado. Jesus também não foi nenhum anjo e não foi nem de longe um “espírito evoluído” que reencarnou. Se, por exemplo, essa teoria de reencarnação fosse verdade, não faria nenhum sentido a morte de Jesus na cruz. Se assim fosse, Ele não precisaria ter passado por tudo que passou. Então ele teria dito claramente: sejam bonzinhos que um dia vocês chegarão ao meu nível. Além disso, esta teoria da reencarnação pode causar uma crise existencial, ou seja: eu não sou quem eu penso que sou, sou alguém que eu não sei quem eu fui no passado e alguém que eu não sei quem vou ser no futuro. E mais ainda, será que não há Deus? Há de se consultar os mortos a favor dos vivos?

Falarei sobre isso mais adiante. Agüenta aí porque a “encrenca” está só começando.


Jesus não é uma alternativa à religião e também não veio fundar uma. Muito pelo contrário, Ele veio ensinar a diferença entre fazer a vontade de Deus e servir uma religião, a diferença entre agradar a Deus e agradar ao ser humano. Ele veio para anunciar o Reino dos Céus, e não o reino da terra; Ele veio dizer que este mundo vai passar e que a única maneira de ser salvo é crer no seu Evangelho. E crer no Evangelho de Cristo é arrepender-se, é andar em novidade de vida, é nascer de novo, é ser uma nova criatura e não uma pessoa “melhorada”, “boazinha” e cheia de “remendos”. Crer em Jesus é aceitá-lo como único Senhor e Salvador; é fazer a vontade de Deus por amor e não por medo ou interesse.

Talvez você esteja se perguntando: mas Eduardo, como você pode ter tanta certeza disso tudo que você falou? Como pode fazer tais afirmações? Será que essas ideias não saíram da sua imaginação?

Bem, o que posso dizer é que tudo que falei é o que está claramente na Bíblia. Se ensinam outra coisa a respeito de Jesus e seu Evangelho, eu realmente gostaria de entender o motivo de fazerem isso.


Hoje vou parar por aqui, pois tem muito coisa ainda sobre este assunto e pra não ficar muito extenso e cansativo prefiro ir aos poucos como uma amiga minha sugeriu.


Queridos, peço que reflitam sobre tudo que eu disse. Se for preciso leiam mais uma vez, procurem entender que eu não vim aqui pregar uma religião. Eu vim pregar o Evangelho de Cristo como ele realmente é. E o Evangelho de Cristo incomoda, ele mexe, ele limpa, ele transforma, ele não remenda, ele faz novo e prepara para a eternidade. O Evangelho de Jesus não dá remédio para a dor, ele faz o check-up completo!


O que vem por aí?!

O próximo assunto que vou abordar – que vais ser uma continuação desse post – é sobre igrejas e suas doutrinas cabulosas. Aguardem, vai ser uma experiência no mínimo pedagógica.


Um abraço a todos.