"O Senhor é meu pastor e nada me faltará." (Salmos 23.1)

VOCÊ CONHECE O SENHOR DESTE SALMO?

segunda-feira, 28 de junho de 2010

TODOS OS CAMINHOS LEVAM A DEUS?! (PARTE 4 - FINAL)


Olá, queridos leitores!

ADVERTÊNCIA! / WARNING! / ACHTUNG! / ATTENTION! / ATTENZIONE!
Se você não leu os três posts anteriores sobre o assunto, então recomendo que nem passe deste parágrafo. São extensos – eu sei –, mas é fundamental que você leia cada um deles com atenção.
Dicas e truques do Kokinho! Pra quem não sabe, Kokinho sou eu (é uma longa história...heheh).
Copie um a um, cole em sequência num arquivo do Word e depois imprima. Assim fica mais fácil ler o conteúdo na integra e saber do que se trata.

Depois da “pausa para o café” (que durou quase uma semana), vamos continuar separando o joio do trigo. Considerações ao final do texto.

Há algumas instituições diferentes entre si, mas elas tem em comum todas as características de uma seita e por isso podem assim ser denominadas. Constantemente mudam de doutrina, usam fontes de autoridade extra Bíblicas, ou seja, usam livros escritos por seus lideres/fundadores que geralmente alegam terem recebido “novas revelações” de Deus e, por isso, estes afirmam serem os únicos porta-vozes de Deus para a humanidade neste tempo. Com esse tipo ensinamento enganam seus adeptos, pois tudo o que Deus tinha para registrar já está na Bíblia e não é necessário nenhuma “nova revelação”. Estes livros chegam a ter a mesma importância que a própria Palavra de Deus. Alguns ensinam que não se deve comemorar aniversário, nem natal, nem ano novo, nem páscoa e nem outras datas, sob alegação de que comemorar tais datas é coisa das pessoas do mundo e não para o povo de Deus. Afirmam que quem desobedecer essas regras (que, diga-se de passagem, são criadas pela instituição ) estará pecando contra Deus.
Ok. Que algumas dessas datas perderam seu real sentido e tornaram-se apenas comércio, vá lá. Estou de pleno acordo. Mas penso que Deus não está preocupado com o fato de comemorarmos ou não essas datas, mas a forma como comemoramos, ou seja, se o fazemos com espírito de gratidão juntamente com amigos e familiares para agradecer pelas bênçãos (inclusive uma oportunidade para dar um bom exemplo e pregar o Evangelho); ou se comemoramos com bebedeiras, gritarias, brigas ou de outras formas que não nos acrescentam nada na vida e ainda servem de mau exemplo para os outros.
Quando tentam argumentar suas doutrinas, pulam de uma passagem para outra confundindo as pessoas. Tem ainda a proibição da transfusão de sangue, que nada mais é do que uma interpretação desastrosa e forçada de passagens bíblicas que falam sobre a lei do povo hebreu, onde era ordenado a abstenção de COMER sangue de animais. Vou mostrar pelo menos dois textos bíblicos usados por estas instituições para ensinar seus adeptos que não se deve aceitar a transfusão de sangue.
O primeiro texto é o seguinte: “Somente a carne com a sua alma — seu sangue — não deveis COMER” (Gênesis 9.4) (grifo meu).
O segundo texto é: “Pois a alma de todo tipo de carne é seu sangue pela alma nele. Por conseguinte, eu disse aos filhos de Israel: “Não deveis COMER o sangue de qualquer tipo de carne, porque a alma de todo tipo de carne é seu sangue. Quem o COMER será extirpado.” (Levítico 17.14) (grifo meu). Ambas as passagens bíblicas estão localizadas no Antigo Testamento.
No livro de Levitico (que eu acabei de citar) há uma passagem no capítulo 7, versículo 3, onde é ordenado a abstenção de COMER gordura animal. Veja o texto: “Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma GORDURA de boi, nem de carneiro, nem de cabra COMEREIS;” (grifo meu). E então? Como ficam as coisas nesse caso?
Como eu havia dito em outro momento, é preciso lembrar que, ao interpretar algumas passagens da Bíblia, deve se levar em consideração o contexto cultural e histórico da época. Vou dar uma breve explicação para que você compreenda um pouco melhor. Na antiga aliança de Deus com seu povo, era comum o sacrifício de animais como: o cordeiro, bois, cabritos, etc. Estes sacrifícios eram queimados num altar como oferta pelo pecado do povo, e o sangue era aspergido, pelo sumo sacerdote, num local chamada Santo dos Santos. Era uma maneira simbólica de ter os pecados perdoados e, por isso, o sangue era importantíssimo, pois ali estava contida vida do animal. Ao oferecer sacrifício, a pessoa deveria ter a consciência que uma vida inocente foi, ali, sacrificada por causa do pecado dela. Esse ritual era feito pelo menos uma vez por ano. Hoje, há uma nova aliança de Deus com a humanidade através da pessoa de Jesus. O sangue de Jesus foi derramado por mim e por você naquela cruz. Nós somos os mereciam estar lá, mas Jesus, por amor, foi em nosso lugar.
Como o próprio Jesus declarou: 13Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.14 Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu os mando.” (Lucas 15.13-14)
É daí que vem a importância dada ao não COMER sangue. No Novo Testamento, a abstenção do COMER sangue (assim como carne de animais sufocados) é mantida, válida e, portanto, deve ser obedecida. Mas isso nada tem a ver com transfusão.

Mas não para por aí. Virá o argumento da alimentação intravenosa que é, por exemplo, quando tomamos soro pela veia. O que?! Você não havia pensado nisso?! Deixa que eu te ajudo. Sangue (até onde eu sei) não é alimento e, portanto, não há problema algum em receber transfusão.
Os adeptos das instituições em questão, e outras similares, são sistemáticos, organizados, metódicos e bem treinados. O grande perigo disso tudo é que eles são levados a uma cegueira espiritual, pois em pouco tempo estarão fazendo tudo o que a religião quer e não estarão necessariamente fazendo a vontade de Deus. Pessoas levadas a ter muito zelo pela Bíblia, porém, sem o entendimento correto e necessário.
Um dos grandes erros é usar passagens e versículos isolados, fora de contexto, e interpretá-los de forma negligente e tendenciosa. É de grande importância saber que a Bíblia é um conjunto; ela foi feita para ser estudada, e não apenas lida; e interpretá-la fora do contexto histórico será um desastre total. Como aprendi: texto da Bíblia sem contexto é pretexto para heresia.

Passemos agora para reflexão sobre outro tipo de doutrina disseminada por pessoas que também utilizam a Bíblia como uma de suas fontes de ensino. Devo lembrar que, assim como as outras que mencionei anteriormente, estas também usam a Bíblia de forma seletiva, flexionado-a para encaixá-la em seus princípios. Entre seus principais ensinamentos estão a reencarnação e a comunicação com os mortos, dentre outras heresias.
A verdade é que esse tipo de ensinamento é muito atraente, porque visa “explicar” e dar “respostas” a muitas questões que a Bíblia supostamente não deixa claro. Volto a lembrá-los do que eu disse anteriormente: devemos procurar entender que a Bíblia não tem a intenção de responder a tudo o que nós queremos saber. Mas ela ensina o que nós precisamos e devemos saber.
O problema é quando estas respostas são dadas de forma totalmente desonesta por alguém despreparado que ansiava por responder aquilo que não precisava ser respondido. Na verdade, o que esta pessoa conseguiu foi apenas cavar mais um abismo entre o ser humano e Deus.
A linha mais conhecida dessa doutrina de reencarnação e comunicação com mortos surgiu quando um cidadão pegou a Bíblia e interpretou-a da forma como achou melhor, não levando em consideração o resto do contexto bíblico. Escreveu vários livros e, em um deles, ensina que algumas pessoas (os chamados médiuns) tem sensibilidade para se comunicar com espíritos e que elas podem se comunicar também com entes queridos que já faleceram.
As pessoas acham que vida espiritual é brincadeira, que podem sair por aí falando com quem já morreu, recebendo espíritos como se fosse o “fantasminha camarada”, sem saber com o que realmente estão lidando. O preço pago por quem insiste nesse tipo de prática é caríssimo, pois estão desobedecendo a um preceito que Deus deixou claro em sua Palavra. Além disso, neste caso, não compete a nós ficarmos especulando, e tão pouco faz diferença saber, o que acontece após a morte. Importa é que nós nos preocupemos com a nossa vida aqui e agora, pois não haverá outra chance para concertar os erros. Veja o que a Palavra diz: 27E, como ao ser humano está ordenado morrerem UMA VEZ, vindo depois disso o juízo,28 assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9.27-28) (grifo meu)
Como eu disse no meu primeiro post: Jesus não veio pregar um conjunto de ideias para que tenhamos um mundo melhor, pois de bons conselhos o mundo já está abarrotado. Jesus também não foi nenhum anjo e não foi nem de longe um “espírito evoluído” que reencarnou. Se, por exemplo, essa teoria de reencarnação fosse verdade, não faria nenhum sentido a morte de Jesus na cruz. Se assim fosse, Ele não precisaria ter passado por tudo que passou. Jesus apenas teria dito claramente: sejam bonzinhos, e um dia vocês chegarão ao meu nível.
O fato para o qual muitos não se atentam é que a Bíblia, a mesma que o tal cidadão usou para apoiar seus ensinamentos e usou também como fonte para escrever seus livros, a mesma Bíblia afirma categoricamente que Deus ABOMINA a prática de consulta a espíritos e aos “mortos”. Esta e outras partes da Bíblia foram DESONESTAMENTE deixadas de lado simplesmente para criar um deus segundo suas próprias concepções. Quando se faz este tipo de coisa, os resultados são extremamente catastróficos.
Outro ensinamento, nesta mesma doutrina, é que a salvação é obtida pela própria pessoa, por meio da caridade, ou seja, por meio das boas obras – ensinamento este que está completamente em desacordo com o que a Bíblia diz. A Palavra ensina que a salvação não é por mérito (para que ninguém se glorie, ou seja, para que ninguém se ache “o tal” ou merecedor), mas a salvação é pela GRAÇA e pela FÉ em Jesus Cristo e que isso não vem de nós, mas é dom GRATUITO de Deus.

Note que a doutrina de “salvação” pelas obras nada tem a ver com o amor ao próximo o qual Jesus ensinou, pois a pessoa vai fazer as boas obras porque ela quer se dar bem na “próxima vida”. Então eu pergunto: que “amor” é esse que visa uma contrapartida? Desculpem-me, mas isso pra mim é barganha.
O contraste entre o Evangelho de Cristo e esse tipo de “amor” é gritante. As boas obras são importantes sim, mas quem as pratica visando uma contrapartida estará enganando a si mesmo. O Evangelho de Jesus é tremendamente maravilhoso porque ensina a amar verdadeiramente as pessoas pelo simples fato de amar. Não para sermos salvos, não para recebermos bênçãos, não por medo de irmos para o inferno, mas porque fomos amados primeiro por Deus.

Enfim.. todas essas doutrinas/crenças/heresias que eu citei – e outras similares místicas e derivadas – trabalham com ensinamentos sobre o poder do pensamento positivo, poder da mente, auto-ajuda, adivinhações e uma série de preceitos e regras os quais têm alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação do próprio ser humano.
As demais eu nem vou comentar porque não valem a pena este esforço, pois é um emaranhado de crendices e superstições sem nexo e toda sorte de misticismos e esoterismos que não servem nem para fábulas infantis.
São, na verdade, um conjunto de princípios e ideias muito bem maquiados que, no fundo, levam as pessoas para o individualismo, onde cada um busca o que é melhor para si. Até usam a Bíblia como acessório, mas da maneira que melhor lhes convém, é claro. Infelizmente há pessoas que querem que a Bíblia diga aquilo que elas querem ouvir e, por isso, procuram seus próprios interesses em religiões e não no Evangelho de Cristo como deveriam.
Até aqui está cada vez mais difícil acreditar que todas as religiões, ou todos os caminhos, levam a Deus e que o importante é se apegar/acreditar em alguma coisa. 

Para finalizar eu quero dizer que Deus nos deu a liberdade de escolha, mas nunca disse que qualquer caminho levaria a Ele.
Essas doutrinas e ensinamentos que mencionei nos últimos dois posts, são atalhos criados por seres humanos com a intenção de aproximar (ou não) as pessoas de Deus. Acredito que alguns poderiam até estar bem intencionados. Se tiveram uma boa intenção, tiveram também uma péssima ideia de perverter e distorcer a Palavra de Deus para criar uma religião ou seita própria com seus dogmas, tradições e ensinamentos tortuosos. Erraram, e erraram feio, pois o Evangelho de Cristo é auto-suficiente e não necessita que seja acrescentado mais nada a ele, pois Deus fez a obra completa através da pessoa de Jesus.  
Jesus afirmou categoricamente: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
Jesus não disse: eu sou UM dos caminhos; Ele disse: EU sou O caminho. Também não disse: eu sou UMA verdade; Ele disse: EU sou A verdade. E o caminho é estreito, e a verdade é dura, mas Deus terá o maior prazer em nos ajudar na caminhada. Pois Ele sabe que somos incapazes de nos salvar a nós mesmos.

O que eu costumo dizer sempre é que Deus nos dotou de inteligência – tá certo que uns nem tanto – e nos deixou sua Palavra para que tivéssemos um norte para nossas vidas. Deus deixou alguns princípios e preceitos importantíssimos que precisam ser observados para que não caiamos nestas armadilhas de heresias e falsos ensinamentos e doutrinas. A Bíblia está ao alcance de qualquer um. Felizmente vivemos num país livre onde podemos ter acesso a Palavra de Deus e, por isso, não há desculpa para permanecer no erro. Felizmente há também igrejas sérias, que tem compromisso com a Palavra e procuram ser coerentes com o que Jesus ensinou.

Deus é amor, dizem. Muitos usam esta frase como pretexto para permanecer no erro. Se você é um desses, lamento informá-lo: Deus é amor, sim! Mas o AMOR de Deus nunca esteve desvinculado da VERDADE e da JUSTIÇA de Sua Palavra.

No mais, eu vim simplesmente pregar o Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para a salvação dos que creem. Deus não quer sacrifícios religiosos. Ele quer ter um relacionamento pessoal com você, assim como um pai que ama o filho. Examine seu coração e diga se você realmente deseja ter um relacionamento sincero com Deus. Ore (não faça uma “reza”) e peça para Jesus entrar na sua vida, peça que Ele mostre o caminho a você. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. (Jeremias 29.13). Assim Deus promete em sua Palavra.

Não se deixe enganar por falsos mestres, ensinamentos e doutrinas. Se, por acaso, você se encontra envolvido(a) com alguma dessas heresias que eu mencionei (mas entendeu que Deus, através de sua Palavra, deixou princípios que são invioláveis) e sentiu o desejo de mudar, então, por favor, não perca  próximo post.
Deus ama você e quer usá-lo como instrumento de benção para ensinar a outros, por meio do verdadeiro amor, e de sua Palavra, o caminho de volta para casa.
Quando o ser humano ouve, Deus fala. Quando o ser humano obedece, Deus age.

Que Deus abençoe grandemente a cada um dos vitoriosos que conseguiram chegar até aqui. E que Ele dê a medida de entendimento necessária a cada um.

Um grande abraço e fiquem na Paz do Senhor Jesus.

PS: o que vem por aí?!
Consolidando ideias. Quero mudar. E agora?!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

TODOS OS CAMINHOS LEVAM A DEUS?! (PARTE 3) - Separando o joio do trigo.


Olá, queridos leitores!

Dando sequência ao circuito de posts “Todos os caminhos levam a Deus?!”, vamos à terceira parte desse tema. Eu sei, eu sei....demorou pra chuchu para sair esse post. Prometo que não serei mais negligente e que escreverei com mais frequência. Estou pensando em textos menores – umas cronicazinhas, quem sabe.

Muito bem. Se você não leu os posts anteriores, mais uma vez recomendo que faça isso antes de continuar. Oras bolas, deixe de ser preguiçoso(a), vai lá no primeiro e no segundo post, leia tudinho (leitura dinâmica não vale hein!) e depois comece a ler este terceiro. Faço esta recomendação para que você entenda desde o início qual é o meu propósito e não saia por aí falando abobrinhas. Isso até tem um pouco a ver com o conteúdo do que vou escrever agora. É preciso examinar o contexto com cuidado, e refletir sobre ele para não correr o risco de sair por aí falando bobagens.
E por falar em contexto, não posso continuar sem antes falar sobre a Bíblia. Sim! Ela mesma! Aquela “velha coleção de livros”, “ultrapassada” e com “vocabulário difícil de entender” e que serve de enfeite em muitos lares para mostrar uma certa religiosidade; ou serve também como amuleto para espantar mau olhado, olho gordo, maus fluidos e por aí afora. Geralmente ela fica na sala, ou no quarto perto da cabeceira da cama, aberta no Salmo 23 “O Senhor é meu pastor...” (ou em qualquer outro salmo). Nem vou comentar sobre isso porque é assunto que dá mais um post inteiro.

Eu até adoraria explicar sobre a origem da Bíblia, como e por que ela foi escrita, sobre suas histórias fantásticas e intrigantes e tudo mais. Mas a minha proposta no momento não é essa. Dar essas explicações sairia um pouco fora do meu objetivo principal: que é tentar fazer com que as pessoas comecem a ampliar um pouco mais sua visão a respeito de Deus e sua Palavra e, assim, ir além do que comumente se ouve e vê por aí. Como eu disse láaaaa no início do segundo post: não vou dar tudo mastigadinho não! A minha proposta é tentar ensinar o caminho às pessoas, e não carregá-las no colo...heheheh. E como eu também disse láaaaaaa-aa-aa (mais lá ainda) no início do primeiro post: não pretendo também esgotar todo o assunto e nem dar todas as respostas sobre Deus, mas talvez eu possa ajudá-lo a fazer as perguntas certas.

Ao contrário do que muitos pensam, a Bíblia não é um livro ultrapassado e difícil de entender. É certo que para entendê-la é preciso, antes de tudo, ter fé. Mas fé em que ou quem? Aí está o ponto chave da questão. Para quem não crê, ter fé significa aceitar tudo sem questionar, ser fanático ou algo parecido. Mas é justamente o contrário: a fé verdadeira nos leva uma reflexão profunda sobre nós mesmos e uma busca por mais intimidade com Deus, que é o nosso criador.
Os questionamentos devem ser feitos sim, mas eu devo começar a questionar minhas próprias atitudes. O problema é: onde conseguiremos as respostas para os nossos questionamentos?
Nesse sentido, a Bíblia é como um manual de instruções (ou até mesmo de sobrevivência) – e nada melhor do que um manual para saber como a “máquina” ser humano funciona. E, mais ainda, ninguém melhor do que o “projetista” para dizer o que fazer quando a “máquina” dá, por assim dizer, “defeito”.
O que devemos procurar de início é entender que a Bíblia não tem a intenção de responder a tudo o que nós queremos saber. Mas ela ensina o que nós precisamos e devemos saber.

Extremamente resumido, o que precisamos e devemos saber é que fomos criados por um Deus que nos ama, que quer fazer parte do nosso cotidiano e que se importa conosco; que esse Deus projetou-se para dentro de cada um de nós, e que não fomos nós que O projetamos a nossa imagem e semelhança; que Deus não quer que tenhamos medo dEle, mas exige no mínimo respeito de nossa parte, assim como um pai quer respeito do filho; que apesar de termos a tendência de nos afastarmos dEle, Ele nunca desistiu de nos chamar para perto da Sua presença, mas nós temos que ter a iniciativa de ir ao Seu encontro; que Deus é Santo e tem princípios e preceitos que são imutáveis e igualmente santos, e por isso não aceita o pecado, mas aceita o pecador arrependido; que apesar de sermos pecadores Ele não virou as costas para Sua criação e está disposto a fazer de nós filhos verdadeiros, ou seja, mais do que apenas criaturas; e que somente pela fé em Jesus, e aprendendo com Ele, é que podemos verdadeiramente nos tornar filhos de Deus; que esse Jesus foi a maior prova de amor que Deus poderia dar ao ser humano, e que a única coisa que Deus pede não é o seu dinheiro e nem seus bens, mas um coração que crê com sinceridade; que crer em Jesus é como eu disse no primeiro post: é arrepender-se, é andar em novidade de vida, é nascer de novo, é ser uma nova criatura e não uma pessoa “melhorada”, “boazinha” e cheia de “remendos”. Crer em Jesus é aceitá-lo como único Senhor e Salvador; é fazer a vontade de Deus por amor e não por medo ou interesse; e que, finalmente, Deus não mediu esforços para deixar, através de pessoas simples, todas estas e muitas outras coisas registradas em Sua Palavra para que tenhamos um norte para nossas vidas, para que saibamos como sobreviver neste mundo e para que não caiamos nas armadilhas de falsos mestres, falsos profetas e falsos pastores e religiões.
Esta foi apenas a síntese da síntese da síntese para que você tenha uma pequena ideia do que representa a Palavra de Deus.
Falar sobre a Bíblia para pessoas que não tem o hábito de lê-la, e não tem familiaridade com o assunto, não é algo muito simples. A minha proposta foi apenas fazer uma pequena introdução sobre a base da fé cristã que está alicerçada, obviamente, na Bíblia.

A ideia é mostrar o contraste entre o que a Palavra de Deus ensina e o que as igrejas que se dizem cristãs pregam. Por isso, penso que é válido falar um pouco sobre a Bíblia – para que os leitores possam, desde o início, entender melhor qual é o meu propósito.

Como eu disse no final do post anterior (que você deve ter lido), vou começar pelo ponto chave que é de onde desencadeia todo o processo de degradação do Evangelho de Cristo e a perversão da Palavra de Deus, ou seja, as heresias – que são os maiores problemas dessas “igrejas” que pregam quase que totalmente o inverso do que a Bíblia ensina.

Há igrejas, por exemplo, que pregam muito a prosperidade material e fazem disso o seu “negócio” principal. E estas igrejas estão abarrotadas de fiéis que querem ter suas vidas “abençoadas” – como se o fato de apenas estar bem financeiramente fosse um sinal de aprovação de Deus. É uma tremenda armadilha e a própria Bíblia (a mesma que eles usam) adverte sobre isso. Veja só o texto Bíblico a seguir:
“Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas desejos inúteis loucos e nocivos, que arrastam os homens para perdição e ruína.” (2 Timóteo 6.7-9)
Esta é só uma das passagens que falam sobre o assunto. Jesus ensinava que deveríamos juntar riquezas no céu, onde traça e a ferrugem não consome e nem os ladrões podem roubar. (Mateus 6.19-21)
Será que isso quer dizer que devemos todos fazer voto de pobreza senão não iremos para o céu?! Ora, não sejamos tão infantis! Não há problema algum em querermos ter uma vida confortável, etc. O problema é quando isso se torna o objetivo principal da nossa existência, ou seja, a nossa satisfação e realização pessoal é o que está em primeiro lugar. E é exatamente o que muitas dessas “igrejas” pregam por aí – e o pior de tudo que fazem isso em nome de Deus e se envolvem em muitos escândalos envergonhando o Evangelho de Cristo. Não preciso nem citar nomes, pois muitos conhecem os tais mercadores da Palavra de Deus, que são verdadeiros lobos disfarçados de ovelhas. Quem não tem conhecimento da Palavra, acaba sendo presa fácil para esses facínoras.

Outro exemplo de heresia é quando são adotados costumes e tradições, de determinado contexto histórico, e aplicados nos dias de hoje como se houvesse algum valor nessas práticas. Tem igreja, por exemplo, onde é pregada uma doutrina a respeito do uso do véu, na cabeça, pelas mulheres dentro da igreja. Essa heresia surgiu no meio de várias interpretações equivocadas que não levam em consideração o contexto histórico bíblico e fazem com que seus fiéis pratiquem não só este, mas muitos outros costumes e tradições que em nada acrescentam na vida das pessoas. O valor dado a estas regras pode chegar a ser maior do que a transformação e diferença que Jesus deve fazer na vida das pessoas.
Esta é só ponta do iceberg, pois existem vários outros ensinamentos que em nada edificam uma pessoa a torna vítima e escrava de um legalismo inútil.
O pior nem é a prática destas tradições e costumes, mas a reprovação e condenação para os membros que não as praticam.

Tem algumas heresias que são clássicas e vem se perpetuando ao longo da história. Posso compará-las a uma conta matemática que começou errada e continua sendo calculada tentando chegar ao resultado certo. Nós sabemos que isso não vai funcionar e que logicamente o meio mais eficaz para chegar ao resultado correto seria começar o cálculo novamente. Algumas dessas heresias são: a idolatria, os cultos aos “santos” e imagens. Todas as coisas que Deus abomina. Alguém me diga o que aconteceu com o 1º mandamento que fala sobre a idolatria e adoração às imagens (Êxodo 20.4-5). Outra heresia clássica é ensinar que Maria (a mãe de Jesus) e os santos podem interceder por nós – o que é uma baita mentira deslavada e infundada! Qualquer um que procurar, honestamente, não encontrará nenhum ensinamento bíblico que apoie essa doutrina. A Bíblia diz claramente que entre Deus e o ser humano há um só mediador, e que este mediador é Jesus (I Timóteo 2.5). Outra prática comum é a de orações repetidas como forma de penitência ou para alcançar alguma “graça divina”. Veja o que Jesus fala sobre isso: “E, orando, não usem de vãs repetições, como os gentios (pagãos), que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” (Mateus 6.7).
Com toda certeza eu posso dizer que uma conversa sincera com Deus é muito mais valiosa do que um cordão cheio de bolinhas.

Muito bem. Este é o momento de fazer uma pequena pausa para um café. Não! Não é pra você parar de ler e ir pro coffee break! Hehheheh... Essa foi uma maneira de chamar o leitor mais pra perto e deixar claro aonde eu quero chegar com tudo isso. Embora eu já o tenha dito em outros momentos, preciso lembrar aos meus leitores que estou propondo uma reflexão sobre aquela velha idéia de que “todos os caminhos levam a Deus”, “o importante é acreditar/apegar-se alguma coisa”, “que igreja é tudo igual” e etc. Até aqui já vimos que igreja não é tudo igual e que há diferenças gritantes entre o que a Bíblia ensina e o que essas igrejas que se dizem cristãs pregam.
Quero esclarecer também que não vim aqui, como muitos costumam fazer, pra condenar quem frequenta essas igrejas. Esse tipo de atitude seria contra a minha fé e eu estaria criando um sentimento de hostilidade contra aqueles que seguem essas práticas e crenças. Não é esse o objetivo! Sei que falar sobre estas coisas é quase como mexer num vespeiro e, por isso, estou tendo o cuidado de deixar claro que o que eu proponho aqui é uma reflexão sobre estas práticas e crenças absurdas que estão sendo ensinadas por aí e que estão conduzindo e induzindo as pessoas para a perdição ao invés da salvação.
Alguns podem estar se perguntando: com que direito alguém vem aqui dizer que essas doutrinas e práticas são absurdas. Estaria eu apenas criticando-as por não ser aquilo em que eu creio?!
Bem...se eu for explicar melhor, só desenhando mesmo. Penso que ninguém poderia dizer que uma linha está torta se não soubesse o que é uma linha reta. Usando esta mesma lógica é que eu trago à tona as doutrinas e práticas absurdas (linha torta) comparada com a Bíblia (linha reta). E nem adianta vir com aquele papinho de que “Deus escreve certo em linhas tortas”. Essa aí não cola mais, e já faz tempo. O fato é que Deus não escreve em linhas tortas, Ele endireita a linha para depois escrever. Mais uma vez eu apelo à honestidade do leitor, e peço que examine com sinceridade tudo o que escrevi sobre o assunto desde o primeiro post. Mais uma vez eu digo a vocês, meus queridos leitores, que antes de tudo precisamos ser honestos o bastante para admitir que estamos na via errada. Neste caso, o progresso significa voltar correndo para trás. Quanto mais cedo reconhecemos o erro, mais cedo chegaremos ao destino certo.
Mas será que é fácil tomar essa atitude de fazer o que é certo? Eu respondo: não! Não é fácil porque vivemos numa sociedade hipócrita, onde fazer o que é certo hoje em dia é só pra quem é trouxa. Além disso, espiritualidade hoje em dia “está na moda”. As pessoas, em geral, não tem nenhum problema em falar de Deus e de fé. O problema é quando Deus quer ser um Deus pessoal, que faz parte do nosso dia-a-dia, moldando o nosso caráter, nos levando a uma FÉ ATUANTE por meio do amor de Jesus. Apesar de termos que nadar contra a maré, eu digo, por experiência própria, que vale a pena (mas vale muito a pena mesmo!) abandonar essas tradições e falsos ensinamentos e viver uma vida de fé verdadeira com Cristo.
Muito bem. Pausa para o café feita, então continuemos separando o joio do trigo e mostrando mais alguns exemplos de doutrinas estranhas e heresias.

Ah, não! Vai ter que ficar para a próxima. É que...é que...(puxa, que desculpa eu vou dar agora?...) Ah, sim! Lembrei! É que o meu cachorro comeu o disquete onde eu salvei o texto, e daí deu pra recuperar só esta parte.
Não tá acreditando, né? Ok. Admito que forcei um pouquinho a barra a respeito do disquete, na verdade foi o pen-drive. Heheheheh...
Brincadeiras à parte, quero informá-los que haver mais um post (o nº 4) que será o último sobre o assunto. Já está no “forno”! Só não vou publicar agora que é pra não ficar muito extenso e cansativo.
So, that's all folks! Um abraço!

PS: o que vem por aí?!
Todos os caminhos levam a Deus?! (PARTE 4 - FINAL)