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terça-feira, 20 de julho de 2010

E o Diabo? Onde ele ficou nessa história?


Olá, queridos leitores!

Com um frio desses não dá nem coragem de sentar pra escrever...brrrr. Mas como valente e destemido blogueiro que sou, preparei uma caneca de Toddynho quente, depois calcei minhas pantufas de Polvo Paul (aquele metido a adivinhão dos jogos na Copa), vesti as luvas do Mickey e a toquinha do ursinho Pooh e, agora que estou equipado, mãos à obra! (creec!)

Nos últimos cinco posts tratei de um assunto delicado que rendeu um bocado de caracteres. Apesar de eu ter mencionado várias vezes que estava propondo uma reflexão a respeito dessa falsa ideia de que “todos os caminhos levam a Deus”, alguns entenderam que eu apenas estava “malhando o pau” em outras religiões – ainda que eu não tenha citado religião alguma. Se eu causei esta impressão, acredito que tenha sido por ter falado de forma tão direta principalmente às pessoas (e não das pessoas) que estejam envolvidas em alguma das doutrinas que mencionei. Foi uma crítica dura, eu sei. Mas quem leu com atenção pode perceber que o meu empenho não se limitou a uma crítica vazia, pois criticar desta forma seria extremamente fácil. Pregar o Evangelho de Cristo significa ao mesmo tempo confrontar e confortar. Não sou nenhum “super herói cristão” e não me sinto o libertador dos “frascos e comprimidos”, somente quero mostrar a estas pessoas o Evangelho de Cristo como ele é: poder transformador de vidas, e não um conjunto de regrinhas a serem seguidas; e que Deus se preocupa, sim, com os caminhos que tomamos.

Mas vamos ao assunto da vez: o diabo, satanás, lúcifer, capeta, o coisa ruim, ou como queriam chamar. Se aquelas titias beatas lessem meu blog, certamente estariam fazendo o sinal da cruz e esconjurando: Ave Maria! Cruz-credo! Deus me livre! Se fosse o Padre Quevedo, então? Seguramente ele diria “isso non ecziste!”.

Falando sério agora, quem acompanha minhas postagens com certeza não me viu mencionar coisa alguma sobre o diabo e tampouco o inferno. E onde eles ficam nessa história toda afinal?
Quem pensa que eles não existem, se engana. Eles existem, sim! O diabo, não na forma como geralmente as pessoas pensam: uma carranca com chifres, rabo e um tridente na mão. Isso é puro folclore. Assim como é um folclore, por exemplo, a aparência física de Jesus; a “maça” que a Eva comeu (que não era maçã coisa nenhuma, a Bíblia relata apenas que era o fruto da árvore do conhecimento); os “três Reis Magos” que foram visitar Jesus em Belém quando Ele nasceu (que não eram reis e muito menos três – andaram até dando nome pros sujeitos: Gaspar, Belchior e Baltasar). E assim surgem figuras folclóricas e superstições que nada ou pouco tem a ver com o que a Bíblia ensina.
Mas como eu ia dizendo, o diabo existe assim como demônios também existem. O interessante é que a Bíblia afirma que eles também creem em Deus. Mas eles creem e estremecem. (Tiago 2.19).
Quanto ao inferno, um fato que chama atenção nos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João, é que Jesus falava com tanta freqüência a respeito do inferno quanto falava a respeito do céu.

Vivemos num mundo onde comumente as pessoas são induzidas a ver um diabo satirizado pelos irreverentes, quase que um velho bonachão que gosta de pregar umas peças por aí; ou então como o “grande terrível diabo”, digno de um protagonista de filmes de terror. Nenhuma dessas duas maneiras de interpretá-lo é conveniente.
É importante saber que a tática do diabo nunca é mostrar-se como aquelas figuras horrendas das gravuras que estamos acostumados a ver. Muito pelo contrário. Ele virá com propostas tentadoras e aparentemente inofensivas, apresentadas de forma que você só irá perceber a armadilha quando for tarde demais.
Por isso, é muito importante ver o diabo sob a ótica da Palavra de Deus, e não através de pinturas, filmes, contos de terror ou da maneira como ele foi idealizado lá na Idade Média. A Bíblia nos dá elementos suficientes para reconhecermos o que vem ou não de Deus. Além disso, a Palavra nos fornece toda arma para lutarmos contra um inimigo que tem convertido em mau tudo o que Deus criou bom.
Na carta que o Apóstolo Paulo escreve à igreja de Éfeso, ele nos indica quais são estas armas e alerta a estamos sempre vigilantes. Devemos vestir toda armadura de Deus, a couraça da justiça, cobrir-nos com a verdade, tomar o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. (Efésios 6.10-20)
Não se trata de fazer de nossas vidas uma batalha épica, mas temos que estar cientes de que há um mundo espiritual com o qual digladiamos continuamente, mesmo sem percebermos. Para quem luta ao lado de Cristo, a vitória é certa. Para quem preferir aliar-se aos rebeldes, não posso nem desejar boa sorte, porque não terão  

Não tenho muito mais o que dizer sobre o diabo, a não ser que ele simboliza toda rebeldia contra Deus – e o lugar dele, e de todos os que se rebelam contra Deus, já está preparado.
O inferno é tão real quanto o céu. Alguns dizem que o inferno já está sendo aqui na Terra. Essas pessoas realmente não sabem o que dizem. Engana-se também quem pensa que o inferno está reservado apenas para pessoas más: o maconheiro da sua rua, a prostituta, o político corrupto, os assassinos, e toda sorte de gente “ruim mesmo”. Os ateus, então!? São os primeiros da fila.
Quero dizer que o inferno está repleto de pessoas que se achavam boazinhas demais e que não precisavam desse tal de Jesus; ou até mesmo de pessoas que se denominavam religiosas e se julgavam piedosas.

Bem, vou parando por aqui. Creio que eu tenha eu tenha deixado algumas dúvidas, mas a minha pretensão nunca é de dar todas as respostas, e sim de começar a mover as engrenagens de alguns corações enferrujados. Além disso, prometi não me alongar demais nos meus textos – que é pra não ficar muito cansativo. Então, aguarde e não perca o próximo post!

Para finalizar, quero deixar um pequeno trecho de um livro de Clive Staples Lewis (ou C.S. Lewis) – um dos meus autores cristãos preferidos.
   
"– Você quer mesmo, na época em que vivemos, trazer de novo à baila a figura do nosso velho amigo, o diabo, com seus chifres e seu rabo?"
– Bem, o que a "época em que vivemos" tem a ver com o assunto, não sei. Quanto aos chifres e ao rabo, não faço muita questão deles. Quanto ao mais, porém, minha resposta é "sim". Não afirmo conhecer coisa alguma sobre a aparência pessoal do diabo, mas, se alguém realmente quisesse conhecê-lo melhor, eu diria a essa pessoa: "Não se preocupe. Se você realmente quiser travar relações com ele, vai conseguir. Se vai gostar ou não da experiência, isso é outro assunto." (Cristianismo puro e simples)

Um grande abraço e fiquem na Paz do Senhor Jesus.

PS: o que vem por aí?!
Portas.