"O Senhor é meu pastor e nada me faltará." (Salmos 23.1)

VOCÊ CONHECE O SENHOR DESTE SALMO?

terça-feira, 20 de julho de 2010

E o Diabo? Onde ele ficou nessa história?


Olá, queridos leitores!

Com um frio desses não dá nem coragem de sentar pra escrever...brrrr. Mas como valente e destemido blogueiro que sou, preparei uma caneca de Toddynho quente, depois calcei minhas pantufas de Polvo Paul (aquele metido a adivinhão dos jogos na Copa), vesti as luvas do Mickey e a toquinha do ursinho Pooh e, agora que estou equipado, mãos à obra! (creec!)

Nos últimos cinco posts tratei de um assunto delicado que rendeu um bocado de caracteres. Apesar de eu ter mencionado várias vezes que estava propondo uma reflexão a respeito dessa falsa ideia de que “todos os caminhos levam a Deus”, alguns entenderam que eu apenas estava “malhando o pau” em outras religiões – ainda que eu não tenha citado religião alguma. Se eu causei esta impressão, acredito que tenha sido por ter falado de forma tão direta principalmente às pessoas (e não das pessoas) que estejam envolvidas em alguma das doutrinas que mencionei. Foi uma crítica dura, eu sei. Mas quem leu com atenção pode perceber que o meu empenho não se limitou a uma crítica vazia, pois criticar desta forma seria extremamente fácil. Pregar o Evangelho de Cristo significa ao mesmo tempo confrontar e confortar. Não sou nenhum “super herói cristão” e não me sinto o libertador dos “frascos e comprimidos”, somente quero mostrar a estas pessoas o Evangelho de Cristo como ele é: poder transformador de vidas, e não um conjunto de regrinhas a serem seguidas; e que Deus se preocupa, sim, com os caminhos que tomamos.

Mas vamos ao assunto da vez: o diabo, satanás, lúcifer, capeta, o coisa ruim, ou como queriam chamar. Se aquelas titias beatas lessem meu blog, certamente estariam fazendo o sinal da cruz e esconjurando: Ave Maria! Cruz-credo! Deus me livre! Se fosse o Padre Quevedo, então? Seguramente ele diria “isso non ecziste!”.

Falando sério agora, quem acompanha minhas postagens com certeza não me viu mencionar coisa alguma sobre o diabo e tampouco o inferno. E onde eles ficam nessa história toda afinal?
Quem pensa que eles não existem, se engana. Eles existem, sim! O diabo, não na forma como geralmente as pessoas pensam: uma carranca com chifres, rabo e um tridente na mão. Isso é puro folclore. Assim como é um folclore, por exemplo, a aparência física de Jesus; a “maça” que a Eva comeu (que não era maçã coisa nenhuma, a Bíblia relata apenas que era o fruto da árvore do conhecimento); os “três Reis Magos” que foram visitar Jesus em Belém quando Ele nasceu (que não eram reis e muito menos três – andaram até dando nome pros sujeitos: Gaspar, Belchior e Baltasar). E assim surgem figuras folclóricas e superstições que nada ou pouco tem a ver com o que a Bíblia ensina.
Mas como eu ia dizendo, o diabo existe assim como demônios também existem. O interessante é que a Bíblia afirma que eles também creem em Deus. Mas eles creem e estremecem. (Tiago 2.19).
Quanto ao inferno, um fato que chama atenção nos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João, é que Jesus falava com tanta freqüência a respeito do inferno quanto falava a respeito do céu.

Vivemos num mundo onde comumente as pessoas são induzidas a ver um diabo satirizado pelos irreverentes, quase que um velho bonachão que gosta de pregar umas peças por aí; ou então como o “grande terrível diabo”, digno de um protagonista de filmes de terror. Nenhuma dessas duas maneiras de interpretá-lo é conveniente.
É importante saber que a tática do diabo nunca é mostrar-se como aquelas figuras horrendas das gravuras que estamos acostumados a ver. Muito pelo contrário. Ele virá com propostas tentadoras e aparentemente inofensivas, apresentadas de forma que você só irá perceber a armadilha quando for tarde demais.
Por isso, é muito importante ver o diabo sob a ótica da Palavra de Deus, e não através de pinturas, filmes, contos de terror ou da maneira como ele foi idealizado lá na Idade Média. A Bíblia nos dá elementos suficientes para reconhecermos o que vem ou não de Deus. Além disso, a Palavra nos fornece toda arma para lutarmos contra um inimigo que tem convertido em mau tudo o que Deus criou bom.
Na carta que o Apóstolo Paulo escreve à igreja de Éfeso, ele nos indica quais são estas armas e alerta a estamos sempre vigilantes. Devemos vestir toda armadura de Deus, a couraça da justiça, cobrir-nos com a verdade, tomar o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. (Efésios 6.10-20)
Não se trata de fazer de nossas vidas uma batalha épica, mas temos que estar cientes de que há um mundo espiritual com o qual digladiamos continuamente, mesmo sem percebermos. Para quem luta ao lado de Cristo, a vitória é certa. Para quem preferir aliar-se aos rebeldes, não posso nem desejar boa sorte, porque não terão  

Não tenho muito mais o que dizer sobre o diabo, a não ser que ele simboliza toda rebeldia contra Deus – e o lugar dele, e de todos os que se rebelam contra Deus, já está preparado.
O inferno é tão real quanto o céu. Alguns dizem que o inferno já está sendo aqui na Terra. Essas pessoas realmente não sabem o que dizem. Engana-se também quem pensa que o inferno está reservado apenas para pessoas más: o maconheiro da sua rua, a prostituta, o político corrupto, os assassinos, e toda sorte de gente “ruim mesmo”. Os ateus, então!? São os primeiros da fila.
Quero dizer que o inferno está repleto de pessoas que se achavam boazinhas demais e que não precisavam desse tal de Jesus; ou até mesmo de pessoas que se denominavam religiosas e se julgavam piedosas.

Bem, vou parando por aqui. Creio que eu tenha eu tenha deixado algumas dúvidas, mas a minha pretensão nunca é de dar todas as respostas, e sim de começar a mover as engrenagens de alguns corações enferrujados. Além disso, prometi não me alongar demais nos meus textos – que é pra não ficar muito cansativo. Então, aguarde e não perca o próximo post!

Para finalizar, quero deixar um pequeno trecho de um livro de Clive Staples Lewis (ou C.S. Lewis) – um dos meus autores cristãos preferidos.
   
"– Você quer mesmo, na época em que vivemos, trazer de novo à baila a figura do nosso velho amigo, o diabo, com seus chifres e seu rabo?"
– Bem, o que a "época em que vivemos" tem a ver com o assunto, não sei. Quanto aos chifres e ao rabo, não faço muita questão deles. Quanto ao mais, porém, minha resposta é "sim". Não afirmo conhecer coisa alguma sobre a aparência pessoal do diabo, mas, se alguém realmente quisesse conhecê-lo melhor, eu diria a essa pessoa: "Não se preocupe. Se você realmente quiser travar relações com ele, vai conseguir. Se vai gostar ou não da experiência, isso é outro assunto." (Cristianismo puro e simples)

Um grande abraço e fiquem na Paz do Senhor Jesus.

PS: o que vem por aí?!
Portas.

sábado, 10 de julho de 2010

CONSOLIDANDO IDEIAS. QUERO MUDAR. E AGORA?!


Olá, queridos leitores!

Depois de quaaaatro longos capítulos sobre o tema “Todos os caminhos levam a Deus?!”, achei por bem consolidar as ideias e esclarecer possíveis dúvidas que eu possa ter deixado ao longo do caminho. Digo isso porque eu sempre tenho que lembrar que estou escrevendo não só para cristãos, mas também para pessoas que de certa forma já ouviram falar de Jesus, até creem nEle, declaram-se simpatizantes de Cristo, aceitam Jesus como um “grande mestre”, um “grande líder”, mas ainda não conseguiram entender o que significa o Evangelho de Cristo e o que significa seguir  Jesus verdadeiramente, pautando suas vidas pela Palavra não extraindo só o que for conveniente e deixando os demais preceitos de Deus de lado. Então vamos aos esclarecimentos:

Ponto 1: penso que para quem não sabe aonde quer ir, qualquer caminho serve. Por todas as razões que mencionei nos posts anteriores, não creio que todos os caminhos levem a Deus. A prova de que nem todos os caminhos conduzem ao Senhor, e à salvação, fica bem evidente quando se compara a Palavra de Deus com os atalhos criados pelas religiões através de seus ensinamentos deturpados os quais são inaceitáveis perante Deus. Os princípios e preceitos de Deus não estão na Bíblia para enfeite. A história contada, na Bíblia, acerca de Israel como povo de Deus, é hoje a nossa história. É impressionante como os mesmos erros daquele povo são cometidos da mesma forma nos dias atuais. E tudo por causa da dureza do coração do ser humano, que teima em desobedecer a Palavra de Deus.
Quero dizer também que não sou adepto de ecumenismos, mas estou aberto a possíveis esclarecimentos. Além disso, na obra de Deus, os fins não justificam os meios. Jesus e os apóstolos, por exemplo, não abraçaram as crenças dos deuses gregos e romanos em prol do Reino de Deus ainda que houvesse algum ponto em comum entre o que eles pregavam. Jesus sempre foi enfático acerca do Caminho e da salvação e declarou: “eu sou o Caminho”, “quem não é por mim é contra mim”, “quem comigo não ajunta, espalha”, etc. Infelizmente muitas pessoas conhecem apenas aquele Jesus das gravuras pintadas por artistas: um ser quase que mitológico, angelical, de cabelos compridos, olhinhos claros, segurando uma ovelhinha no colo, etc.

Ponto 2: quando menciono o Evangelho de Cristo, não estou apenas me referindo aos quatro evangelhos da Bíblia escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Quando escrevo “Evangelho de Cristo”, falo de toda a Bíblia em si, mas principalmente do Novo Testamento e do apóstolo Paulo, que foi o intérprete da mente de Cristo e trabalhou muito junto com os demais apóstolos para instituir as primeiras igrejas cristãs – sempre centrados, é claro, na sã doutrina – onde não era ensinada nenhuma das heresias que abordei anteriormente. Só quero esclarecer que não considero Paulo o maior e nem o menor dos apóstolos. No Reino de Deus não é assim que as coisas funcionam. Cada um dos apóstolos teve sua importância.

Ponto 3: NÃO! Não odeio as pessoas que estejam envolvidas com alguma das heresias ou doutrinas que mencionei nos posts anteriores. Muito pelo contrário, eu amo verdadeiramente a cada uma dessas pessoas e, por isso, tenho o desejo de compartilhar a preciosidade da Palavra de Deus vista com lentes limpas, e não através de dogmas, tradições e preceitos inventados por religiões. Acredito que muitas dessas pessoas estejam, de fato, tentando buscar a Deus. Mas elas precisam ser alertadas de que, à luz da Bíblia que elas mesmas usam, estão sendo enganadas, iludidas, justamente por não conhecerem, de fato, a Palavra e, por isso, precisam urgentemente despertar. Muitos irão espernear, ficarão indignados, se sentirão ofendidos ou, o que é pior, ficarão indiferentes. Argumentarão dizendo: sou “Testemunha Cristólico Universálico da Congregação da Tradição Espirituológica” e não quero mudar, pois nasci nessa religião e não vou sair dela porque, afinal, “o importante é se apegar em alguma coisa”. Esse comportamento já era esperado, pois a Bíblia mesmo diz: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme os seus próprios desejos;” (II Timóteo 4:3). Em outras palavras, por não aceitar a verdade, cada um vai procurar o que é melhor para si.
No mais, não tenho mais nada a dizer sobre isso. Infelizmente há pessoas que quando você aponta para algo belo, elas ficam prestando atenção apenas na ponta do seu dedo. Aos que insistirem em permanecer no erro, se tiverem alguma coisa a reclamar, que orem e se acertem com Deus. Quero que saibam que eu não tirei nada da minha imaginação, apenas trouxe à reflexão o que a Palavra de Deus diz. Não sou e nem quero ser o dono da verdade. Jesus é a verdade. A Palavra de Deus é a verdade. Para Jesus não tem essa historieta de que “tudo é relativo”. Agora não há mais desculpas, e ninguém poderá chegar diante de Deus e dizer: “ah! Mas eu não sabia”. Se estas pessoas amam verdadeiramente a Jesus, então que provem isso obedecendo a Palavra de Deus, e não indo atrás de preceitos, princípios e interpretações inventadas por seres humanos.

Ponto 4: aos que entenderam qual foi a minha proposta e desejam sinceramente aceitar a Cristo, quero dizer que, felizmente, há igrejas que ainda tem um compromisso sério com a Palavra de Deus e não se desviaram do Caminho e da sã doutrina.
Eu até poderia mencionar algumas dessas igrejas que pregam de forma sóbria o que a Palavra de Deus ensina – até mesmo a que eu frequento – , mas confesso que, para mim, esta é a parte mais difícil desde que comecei a escrever sobre o assunto. Creio que ao denunciar algumas das principais heresias e falsas doutrinas, pude pelo menos criar uma pons asinorum*. Além do mais, eu sei que não sou responsável pelo trabalho todo.
Se você leu com atenção todo conteúdo das quatro últimas postagens, deve ter constatado que crer também é pensar. Eu costumo dizer que, quando você se arrepende, Deus apaga os seus pecados, e não o seu bom senso.
Então, procure alguma igreja, faça uma visita, converse com o pastor, conheça as pessoas, faça novas amizades, frequente o estudo bíblico, conheça mais sobre a Palavra de Deus e descubra quem realmente é você, quem é Jesus e qual o propósito de Ele ter morrido numa cruz. Ouça com atenção as pregações e fique de olho nas esquisitices, heresias e falsas doutrinas, como essas que eu mencionei. Mas lembre-se do que eu falei sobre não haver igreja perfeita. Mesmo a igreja tendo um compromisso com a verdade da Palavra, temos que lembrar que ela é composta de pessoas, e pessoas decepcionam. Mas há um que nunca decepciona: que é Jesus.
Como eu havia dito no final do post anterior: não se deixe enganar por falsos mestres, ensinamentos e doutrinas. Deus ama você e quer usá-lo como instrumento de benção para ensinar a outros, por meio do verdadeiro amor, e de sua Palavra, o caminho de volta para casa.

Um grande abraço e fiquem na Paz do Senhor Jesus.

Post scriptum: o que vem por aí?!
E o Diabo? Onde ele ficou nessa história?

*pons asinorum: expressão em latim que significa “ponte dos burros”. O sentido real da expressão é o de oferecer ajuda para pessoas inexperientes.